quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Info

Devido ao facto do Movimento ser como o nome indica “Independente”, e o mesmo não abdicar de certos princípios assim como a exigências que não sejam em prol da união e do bem-estar da Freguesia, como tal, informamos que o CDS-PP optou por apresentar uma lista á Assembleia da Junta da Freguesia da Freixianda. Aos mesmos desejamos boa sorte e que o seu contributo nos possa beneficiar a todos sendo que o mesmo é um objectivo comum.

73 comentários:

  1. É capaz de ser oportuno dizer que também o PCP-PEV (CDU) apresenta lista à Assembleia de Freguesia da Freixianda.

    Afinal já são 4 listas, o que é bastante reconfortante para a democracia.

    ResponderEliminar
  2. A quantidade de listas não significa necessariamente maior participação cívica. E o que é essencial para a democracia é a participação cívica. No caso das autarquias locais, mais concretamente para a eleição dos membros de uma Assembleia de Freguesia - de onde sairão os membros do executivo ou seja, da Junta de Freguesia - importa a contribuição que todos possam vir a dar à resolução de problemas locais, procurando um ponto de equilíbrio entre diferentes perspectivas e, desse modo, contribuir para a participação cívica. O que está em debate na eleição de membros de uma assembleia de freguesia seguramente não é o modelo de governação política ou seja, pretender instaurar localmente uma social-democracia, uma democracia cristã ou o comunismo. Portanto, mais do que propriamente para reunir ideias e energias para a resolução de problemas locais, as listas apresentadas pelos partidos políticos servem sobretudo para evitar a dispersão dos votos que são necessários às estatísticas eleitorais, à eleição dos vereadores municipais, ao financiamento estatal e ao impacto mediático com vista a futuros actos eleitorais. Ao invés, uma candidatura independente como é o caso da que o MVM apresenta à Assembleia de Freguesia da Freixianda, não se sente enredada pelos aspectos que prendem as listas partidárias, sentindo-se mais livre e disponível para encarar com realismo os problemas locais sem ter de apresentar soluções demagógicas apenas para satisfazer estratégias definidas pelos directórios partidários.
    Em todo o caso, é importante encarar a realidade pelo lado positivo e procurar pontos de entendimento entre todos os candidatos que vierem a ser eleitos, em benefício da Freixianda e do concelho de Ourém. E, qualquer que seja o resultado que venha a verificar-se, é importante que a campanha decorra da forma mais civilizada para que no futuro se possa construir algo de válido com a participação de todos, sem exclusão.
    Mas, para enriquecer a democracia e a vida autárquica, abrindo a porta a novas ideias e vontades, é necessário dar uma oportunidade à candidatura independente apresentada pelo MVM. E, estou convencido de que os Freixiandenses o farão!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  3. Concordo com uma parte do comentário do Carlos Gomes, mas não concordo com uma certa desconfiança em relação aos partidos políticos, que afinal são a base do nosso sistema político. Apesar de todas as falhas de que nos queixamos, sem partidos não conseguíamos manter o sistema a funcionar regularmente.

    A possibilidade de apresentar listas independentes é um progresso notável, sinal da maturidade do nosso sistema político. É muito saudável ver projectos alternativos que acrescentam propostas novas ou contributos diferentes.

    Mas, por muito pobre que seja a proposta de uma lista partidária, é sempre melhor ter várias por onde escolher do que ter apenas uma ou duas. Insisto nesta ideia. A diversidade de ideias é sempre mais rica do que a unanimidade.

    ResponderEliminar
  4. A diferença a nível de Junta de Freguesia, realmente não é instaurar uma social democracia ou democracia cristã ou regime comunista. Realmente não é, é para resolver os problemas locais.

    Mas a identificação do que é um problema local depende dos olhos, da mente e da ideologia de quem pensa. Por exemplo, para uns o problema principal é a fixação de empresas, para outros pode ser a presença de forças de segurança, para outros o apoio aos idosos, para outros a escola.

    Muitas vezes as prioridades é que deixam perceber as diferentes sensibilidades.

    ResponderEliminar
  5. Penso que não é a identificação dos problemas locais mas a sua prioridade de resolução e o ênfase que lhe é dado que depende dos olhos, da mente e da ideologia de quem pensa. De resto, penso que todas as comunidades necessitam de fixação de empresas com vista à criação de emprego e desenvolvimento económico, condições de segurança, equipamentos sociais nomeadamente a pensar nos mais idosos, estabelecimentos de ensino, dinamização cultural, protecção ambiental e do património e espazos de convívio e lazer entre outros aspectos. A questão está em saber, face às necessidades e à emergência da resolução dos problemas e confrontando com os recursos e meios existentes saber quais deverão ser as prioridades.
    É certo que enquanto alguns sectores políticos dão ênfase à questão da segurança, outros apostam mais na "resocialização" dos delinquentes... mas, a realidade, e esta não é estranha às gentes da Freixianda, confronta os responsáveis autárquicos com a necessidade de reforço dos meios de segurança para tranquilidade das populações!
    Quanto aos partidos políticos, independentemente das limitações inerentes à sua própria natureza orgânica, contribuem com efeito para o enquadramento e formação da opinião pública e a participação cívica. Contudo, como referi, a participação de um elevado número de candidaturas partidárias não significa necessariamente maior riqueza de ideias nem maior participação cívica, embora em princípio possa concorrer nesse sentido. Da mesma forma que uma candidatura independente não obriga necessariamente que todos os seus elementos sejam desfiliados dos partidos políticos ou tenham em relação a eles qualquer espécie de repulsa... apenas pressupõe que, em princípio, conseguiram estabelecer pontos de convergência entre diferentes sensibilidades e fazer uma síntese, tendo como único objectivo a nortear apenas aquele a que se propõem ou seja, a resolução dos problemas locais!
    Pessoalmente, sou de opinião que a Freixianda e o concelho de Ourém de uma forma geral regista uma apreciável dinâmica empresarial. Porém, carece de estruturas a nível cultural e ainda de preservação do património cultural, artístico e ambiental, os quais são factores que contribuem para a identificação do seu povo e também para o progresso local nomeadamente através do turismo.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  6. Afinal eu e o Carlos estamos, mais uma vez, em convergência de alguns pontos de vista. Mas...

    A dinâmica empresarial existe, à custa da iniciativa das pessoas, apesar das promessas não cumpridas do PSD na Câmara Municipal. Recordo-me do "folhetim" da zona industrial da Freixianda, que teve direito a uma placa cravada no local pela Câmara laranja, em plena campanha de há 12 anos. Dizia assim: "Futura Zona Industrial da Freixianda", tenho pena de não ter uma foto.

    E sobre a educação e cultura, como eu lamento o desleixo com que tem sido tratada pelos políticos a escola da Freixianda! Problemas com a Carta Educativa (não me esqueci ainda), problemas com os transportes escolares (ninguém se esquece), problemas com as condições dos edifícios (que o Catarino "resolveu" com uma promessa que já leva uns 3 anos sem ainda ter chegado ao papel), problemas com a entrega da direcção a comissários políticos do PS sem preparação para a função.

    ResponderEliminar
  7. Sobre a independência, é claro que não se impõe a um Movimento Independente que os membros da lista não sejam filiados em partidos. Aliás, também não se pede isso aos candidatos independentes que concorrem em listas partidárias.

    Mas é justo que se peça clareza quando ao apoio que um Movimento Independente declara a este ou àquele partido. Por exemplo, o MOIA (Olival) não apoia nenhum partido nas eleições da CM e AM. Já o MVM apoia oficialmente o PS. E isso não é indiferente.

    ResponderEliminar
  8. Apesar das questões de estratégia política poderem ter o seu interesse, nomeadamente o posicionamento das diversas forças políticas em relação à campanha eleitoral, estou convencido de que a população da Freixianda está mais interessada em saber o que pode ou não mudar e melhorar após as próximas eleições autárquicas. E, se a prática e as propostas da maioria das forças políticas já é mais ou menos do conhecimento dos eleitores, já as ideias e os métodos defendidos pelo MVM constituirão uma novidade que seguramente devem despertar o maior interesse uma vez que, ao contrário das outras forças políticas, concorre pela primeira vez à Assembleia de Freguesia. E, em face disso, a meu ver a candidatura do MVM pode fazer a diferença!
    Por isso, julgo que se deveria debater mais os problemas concretos, de maior ou de menor importância, independentemente da prioridade que a sua resolução deve merecer. Por exemplo, venho há muito constatando um evidente mau gosto estético no arranjo urbanístico da Freguesia da Freixianda. Começo por dar um pequeno exemplo, sugerindo uma observação mais atenta por parte dos freixiandenses: existem diversas ruas na vila da Freixianda cujos passeios pedonais, dentro da mesma artéria e no espaço de poucas dezenas de metros, alternam entre a pavimentação em calçada portuguesa, em cimento sem qualquer ornamentação, em cimento com ornamentação e ainda pela ausência de qualquer pavimento... sucede que, a meu ver, a autarquia deveria uniformizar os elementos urbanísticos a aplicar a toda a área urbana, desde o pavimento dos passeios pedonais à numeração de polícia, as placas toponímicas e o mobiliário urbano, incluindo a iluminação. Do ponto de vista arquitectónico e urbanístico, a Freixianda revela-se como uma vila incaracterística, não se percebendo onde se encontra o passado e o presente, quase parecendo que não possui uma história nem sequer possui um projecto de futuro. Sucede que, não possuindo um caso histórico notável nem tendo pergaminhos que possa ostentar como sucede com Ourém (Nossa Senhora das Misericórdias), poderia ao menos projectar-se como uma vila moderna, arrojada, com visão futurista e, desse modo, vir a marcar a diferença e construir uma identidade. Mas, antes de mais, necessita de saber quais os valores históricos que deve preservar e, a partir daí, conceber uma estratégia de futuro. A questão que referi relativamente ao pavimento das ruas constitui apenas um exemplo dessa indefinição e da falta de gosto que tem reinado nesta vila. A Freixianda deve preservar o seu património histórico e arquitectónico. Não existe necessidade de destruir o passado para dar lugar a construções actuais, muitas vezes sem qualquer interesse estético. Temos demasiados exemplos em todo o concelho de Ourém de destruição do património histórico sem a menor necessidade sequer... mas, não deve de igual forma recear transformar-se numa vila moderna, com construções arrojadas mas de bom gosto estético. O valor da modernidade não está no tijolo e no cimento, utilizados de forma indiscriminada e irresponsável, mas antes está na arte que é subjacente à obra que se constrói. - tal como o pavimento de certas ruas da Freixianda, é preciso ter critérios para tudo!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  9. Pois o que eu acho que é fundamental na Freixianda (e vai um pouco no mesmo sentido da proposta anterior), é criar um espírito de comunidade, uma identidade colectiva que leve as pessoas a juntarem-se e a trabalhar juntas em projectos, que combata um certo individualismo de que as pessoas por vezes se queixam.

    ResponderEliminar
  10. Eu que não sou um lírico, entendo que temos que ser objectivos, concretos e dizer aos freixiandenses o que podemos mudar e de que forma.

    Temos que dizer frontalmente que somos contra um PDM que está a acabar com os lugares da freguesia e cujo critério não se entende, aqui pode-se construir, ao lado não, e a seguir já se pode outra vez, uma espécie de um,dó,li,tá. Os jovens da freguesia querem construir uma casa lado da dos pais cujo o terreno era cedido por estes mas a lei do acaso não permite, e a solução é comprar um terreno por 50 mil euros a um qualquer privilegiado que teve a sorte do seu terreno ser o feliz contemplado.

    Temos que procurar empregos para os freixiandenses, para que estes não tenham que fazer diariamente 50 km para o seu local de trabalho. Como não me parece que o turismo seja viável, é urgente um parque industrial para atrair empresas.


    Para essas mesmas empresas escolherem a nossa terra para se fixarem, não basta um parque industrial, mas fundamentalmente boas ligações terrestres, nomeadamente ligação ao IC9

    Estas são questões que importam certamente a grande parte dos freixiandenses, por outro lado,o padrão da calçada, ou o espírito de comunidade, são questões que terão certamente pouco peso na altura das pessoas decidirem o seu voto.

    Apelo ao MVM que não vá em floreados românticos, mas que, sem demagogia, diga aos freixiandenses, como pensa enfrentar estes e outros problemas pertinentes, de modo a melhorar a vida de todos nós.

    ResponderEliminar
  11. A questão que referi em relação ao padrão da calçada serviu fundamentalmente como exemplo de uma certa indefinição que existe nas opções tomadas do ponto de vista urbanístico e que, em consequência, leva a que a Freixianda seja uma povoação incaracterística, sem preocupação estética. As pessoas também se orgulham por viverem numa terra com História, que cuida do seu património, que é arranjada e possui bom gosto, que possui espaços modernos mas bonitos e não num emaranhado de cimento muito usual nos arrabaldes das grandes cidades. Não é admissível, por exemplo, que se mantenham durante décadas estabelecimentos comerciais a vender produtos alimentares mesmo ao lado de ruínas que constituem autênticos focos de doenças e atentados à saúde pública, sem que o município ordene a sua demolição e limpeza, a sua reconstrução ou imponha obras coercivas. E isto não é um "floreado romântico" mas uma realidade que interessa aos munícipes!
    É certo que a Freixianda não possui potencialidades turísticas. Mas a Mealhada também não possui e, no entanto, é bastante concorrida... e até Alviázere está a adquirir mais notoriedade desde que passou a organizar o Festival do Chícharo!
    Em relação às licenças de construção, a sua atribuição é da competência dos municípios e não das juntas ou assembleias de freguesia e obdece naturalmente ao PDM, o qual deve ter em consideração a existência de solos agrícolas que devem ser preservados para a agricultura, os aspectos de ordem paisagística e ainda os recursos naturais que não devem ser desbaratados, como sucede com nascentes de água.
    Em relação à instalação de "parques industriais", importa considerar se existem realmente empresas para nelas se instalarem, atendendo à existência de outros nomeadamente na área do concelho de Ourém, se as empresas a instalar trazem alguma mais valia à localidade, se não vão degradar o ambiente e, finalmente, se virão para se fixar ou simplesmente para, depois de obterem os benefícios públicos, encerrarem as portas e se deslocalizarem... deixando a localidade com uma área destruída sem qualquer utilidade!
    As opções, a este nível, ultrapassam largamente o âmbito da assembleia de freguesia e devem ser tomadas a nível municipal em consonância com o próprio governo. Qual a situação em que se encontram os outros parques industriais existentes no concelho de Ourém? Importa gerir bem o dinheiro dos contribuintes que também resulta dos impostos pagos pelos freixiandenses!...
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  12. Bem sei que o PDM é da competência da Câmara Municipal, bem sei também, que se deve preservar solos agrícolas, que por acaso cada vez são menos cultivados, mas compreendo que não se deva permitir a construção desorganizada, deve-se proteger as florestas e as nascentes de água. Tudo certo! Mas só quem não está dentro da realidade no terreno ou está e má fé, pode defender que este PDM serve.

    O MVM tem por obrigação, pressionar o executivo camarário para a revisão deste plano de (des)ordenamento. Este é um ponto já defendido pelo PS e pelo PSD, mas o queremos saber em que vai consistir essa alteração, se será apenas casos pontuais, ou pelo contrario será uma mudança de critérios.

    O MVM pode apoiar determinado partido à Câmara e Assembleia Municipal, essa é até a ocasião ideal para mostrar o seu ponto de vista neste assunto, e esclarecer efectivamente o que apoia.

    Para quem não está dentro desta realidade prometo que enviarei para o email do blogue alguns dos tantos exemplos das aberrações deste PDM na nossa freguesia. E peço que tratem com atenção este assunto, porque ele é importante.

    Gostaria ainda de saber a opinião do João Filipe Oliveira acerca deste assunto, visto ser Candidato a presidente da Câmara Municipal.

    ResponderEliminar
  13. Não defendi nem contestei o PDM porque simplesmente não o conheço. Aliás, penso que é realmente uma boa ideia debater o assunto. Mas, sou de opinião que, uma vez aprovado o referido Plano, e ao contrário do que frequentemente sucede um pouco por todo o país, deve evitar-se tanto quanto possível a sua suspensão temporária para se proceder a alterações que de outra forma não poderiam realizar-se... aprovar um PDM e depois, sempre que se pretende realizar algo contrário ao que foi planeado, promover a sua suspensão, é criar a ilusão de que o deswenvolvimento municipal é feito de uma forma planeada quando, na realidade, deixou de o ser.
    Quanto ao eventual apoio por parte de uma candidatura independente, neste caso a que é apresentada pelo MVM, a uma candidatura partidária à Câmara e à Assembleia Municipal, ela pode eventualmente resultar duma negociação que possa considerar-se vantajosa para a Freguesia da freixianda, pelo que não vejo razões para a dramatização que algumas pessoas fazem a esse respeito. Por exemplo, quais as vantagens que a candidatura do PSD poderia dispensar no sentido de incluir no seu programa determinados melhoramentos para a Freixianda, em caso de apoio por parte dos independentes? Não seria lícito negociar contrapartidas em proveito da Freixianda? Deixariam os independentes de serem tão independentes apenas por esse facto? Creio sinceramente que não!

    ResponderEliminar
  14. Como candidato pelo PCP-PEV, respondo com muito gosto à questão que me foi colocada directamente.

    O PDM no concelho de Ourém é uma história muito velha. Andou anos a ser "estudado" até que Ourém ficou entre a meia dúzia de concelhos de todos o país que não tinha PDM aprovado. Com as novas regras que não financiavam projectos nos concelhos que o não tinham, a câmara de Ourém viu-se obrigada a aprovar uma coisa qualquer à pressa para não ficar sem dinheiro. Lembram-se? David Catarino ameaçou na altura processar o Estado se Ourém ficasse sem dinheiro? Lembram-se das tristes figuras? Logo quase no momento de aprovação David Catarino anunciou que se ia iniciar a sua revisão.

    Além desta desorganização, já há 4 anos o PDM também foi tema de campanha: a construção do Intermarché estava bloqueada por causa do PDM!. Acho que todas as candidaturas prometeram a sua revisão, porque toda a gente reconhece (até aqueles que andaram anos a estudar o bicho) que é uma manta de retalhos inqualificável. Essa promessa não aparece agora nos cartazes do "Nós cumprimos!"

    O PDM que temos no concelho é o retrato da capacidade de planeamento que vai na Câmara. Outro exemplo, ligado a este, é a Carta Educativa que aprovaram já neste mandato. Se alguém ainda se lembra, uma primeira versão foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal. Eu mesmo fiz um artigo para o jornal a identificar a quantidade de erros, informações contraditórias ou em branco que tinham escapado à análise de toda a vereação. Talvez não tivesse sido por causa da minha intervenção, mas s votação em Assembleia foi suspensa, o texto foi recolhido e corrigido. Depois foi aprovado segunda vez, mas como não agradou aos presidentes de junta de Rio de Couros e Casal dos Bernardos, voltou para trás outra vez e só à terceira tentativa é que o texto foi definitivamente aprovado. Em representação da Escola da Freixianda, eu fui à Assembleia Municipal apresentar o protesto, por causa da redução da área escolar da Freixianda. Mas o Sr. Caetano foi o único a votar contra o texto final, mais ninguém se importou com isso.

    E os Paços de Concelho? Ajustados por 4 milhões, ficaram afinal em 7 milhões!!!

    O planeamento na Câmara tem este nível de qualidade. Por isso é que eu digo, o que falta na Câmara é organização.

    O PDM está em fase de revisão (há vários anos), mas para ser franco não acredito que saia dali nada de bom. Os "especialistas" que o preparam são os mesmos de sempre. Aposto que a população vai continuar a protestar nos cafés, mas no momento do voto vai continuar a confiar sempre nos mesmos.

    ResponderEliminar
  15. Quanto à capacidade do MVM (ou outro) pressionar a Câmara sobre o assunto do PDM, tenho a certeza que não lhes falta vontade, mas duvido que lhes falte eficácia para o fazerem sozinhos.

    A Carta Educativa, que foi a oportunidade para devolver à escola da Freixianda a importância territorial que tinha no início, foi aprovada, apesar do presidente da Junta da Freixianda ter votado contra.

    E os protestos das mães da Freixianda em relação às condições da escola primária? Ainda se lembram? Foram prontamente resolvidos com a promessa de um edifício novo. Catarino veio pessoalmente à Freixianda acalmar as reclamações. E o tal edifício novo prometido, alguém o viu? Ou sequer o projecto dele? E a zona industrial no Valongo, anunciada (também por Catarino) há 12 anos, com uma placa ali no pinhal, perto do corte para o Porto do Carro?

    As pessoas deixam-se iludir com muita facilidade e continuam a votar PSD, isso é que é.

    ResponderEliminar
  16. E que implicações tem o PDM directamente para a Freixianda?

    ResponderEliminar
  17. Essa questão das propostas líricas, é conforme os pontos de vista. A minha perspectiva é que há coisas que estão dentro da capacidade de uma Junta de Freguesia, outras não.

    Está dentro da capacidade da Junta de Freguesia decidir o padrão de calçada dos passeios, tal como a promoção de eventos culturais que criem aquilo que se chama normalmente "bairrismo". O exemplo de Alvaiázere acertou a cem por cento.

    Não está dentro da capacidade da Junta de Freguesia fixar os critérios de ocupação de solos para o PDM.

    Esta última pode até ser mais imediata, mas é muito mais "romântica".

    ResponderEliminar
  18. Em relação à alegada falta de eficácia do MVM em pressionar a Câmara Municipal de Ourém acerca do PDM, parece-me que a mesma situação se pode colocar em relação ao PCP, aliás como o sr. João Oliveira parece reconhecer quando, entre parêntesis, reconhece idêntica incapacidade a "outro" partido para o fazer sozinho. Mas, estou convencido de que a candidatura independente apresentada pelo MVM poderia constituir uma excelente oportunidade de voto alternativo, congregando todos aqueles que não se revêm na actual gestão autárquica na Freixianda e, desse modo, conquistando uma posição mais favorável para questionar o PDM se realmente for caso disso. Conhecidas que são de eleições anteriores as votações nas diferentes candidaturas partidárias, o aparecimento do MVM poderia constituir o voto útil na mudança!
    Aproveito para referir que, por lapso, não assinei os dois anteriores posts que foram anonimamente publicados.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  19. Para a Freixianda o PDM importa, pela razão imediata que já foi referida das áreas de expansão urbana, os terrenos em que se pode construir.

    Mas também porque já lá está prevista a área da hipotética futura zona industrial.

    Mas também porque já lá deviam estar previstas as vias de comunicação a construir ou reformular (há quem diga que é prioritária a ligação ao futuro IC9, há quem defenda que é melhor ao futuro IC3 no eixo Tomar-Coimbra, há quem ache que deviam ser os dois, há quem prefira uma ligação a Leiria).

    E porque devia passar pelo PDM o planeamento efectivo do concelho todo: recursos industriais, agrícolas, florestais, turísticos. Onde se faz uma coisa e onde se faz outra coisa. A Freixianda deve ser industrial, ou deve ser agrícola? São essas as implicações "directas" para a Freixianda.

    ResponderEliminar
  20. Sou de opinião que a ligação prioritária deveria ser entre o IC3 e Leiria, com ligação numa zona perto de Alvaiázere e, na região de Leiria, à A1 e à A8. Leiria teria todo o interesse em possui melhor ligação com o interior do seu distrito, até Alvaiázere, e Ourém deveria procurar mudar de distrito, de Santarém para Leiria.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  21. Pois, Carlos Gomes, mais uma vez de acordo: IC3 e Leiria, como eu tinha referido.

    Mas se for ouvir os políticos de Ourém não os ouve a falar assim. É IC9 para cá e IC9 para lá.

    Quem conhecer a Freixianda, ou pelo menos quem olhar para um mapa, percebe que não é prático ir apanhar o IC9 a Ourém, para ir pela Quinta da Sardinha até Santa Catarina da Serra entrar na A1. O acesso à auto-estrada para Sul a partir da Freixianda, Formigais, Fárrio, Rio de Couros é pelo IC3 - A23; para Norte é por Leiria. Mas nem todos conhecem esta geografia de forma igual...

    ResponderEliminar
  22. Sr. João Oliveira: embora não esteja na posse de todos os elementos que me permitam emitir uma opinião sólida, a geografia realmente justifica a ligação do IC3 a Leiria e, através desta, à A1 e à A8.
    O Estado não constrói estradas para estabelecer ligações a freguesias... cabe-nos a nós, dentro do entendimento existente na concepção da rede rodoviária, conseguir associar os interesses locais aos regionais e nacionais. De facto, parece-me algo estranho pretender uma ligação especial da Freixianda a um Itinerário Complementar (IC) que virá a ligar a Nazaré a Ponte de Sôr, se não estou equivocado. Mas, como disse, não disponho de informação suficiente para poder discordar.
    Quanto a mim, faria maior sentido Ourém integrar o Distrito de Leiria. E, esta cidade possui o maior interesse em promover a integração de todos os concelhos que fazem parte do seu Distrito, pelo que fará naturalmente a defesa da ligação ao IC3. A meu ver, esta deverá passar a poente de Alvaiázere, não apenas em virtude do alinhamento como ainda da escolha de terrenos menos apropriados para a actividade agrícola. E, a ligação a Leiria, a partir de uma área próxima de Alvaiázere, poderá beneficiar a Freixianda e aproximá-la do litoral.
    O aparente isolamento geográfico da Freixianda pode, através desta e de outras iniciativas, ser invertido no sentido da criação de uma nova centralidade. Se existir um pensamento estratégico, a Freixianda poderá vir a ser uma vila bastante importante.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  23. Prosseguindo, os Itinerários Principais (IP's) ligam capitais de distrito entre si e os Itinerários Complementares (IC's) estabelecem ligações entre aquelas, procurando unir os concelhos às capitais de Distrito. Peço que me corrijam onde estou errado porque sei que a explicação não é suficiente.
    Assim, enquanto o IP5 liga Aveiro a Viseu, o IP3 liga Coimbra a Viseu. Por sua vez, o IC3 está a ser construído aproximadamente sobre o antigo itinerário da Nacional 110, perfilando-se no sentido Sul-Norte, paralelamente à A1. Ora, percebendo-se que o IC3 passa por Tomar e Ferreira do Zêzere em direcção a Condeixa-a-Nova, é evidente que não faz qualquer sentido defender uma ligação entre Tomar e Coimbra, uma vez que essa já é assegurada pelo IC3. Importa agora apróximar o interior do litoral, atravessando um zona carente de vias de comunicação, sem prejudicar os espaços urbanos e as zonas agrícolas em demasia, mas fazendo a ligação entre as vias e os centros populacionais mais importantes e promovendo uma maior integração do próprio Distrito de Leiria, levando Ourém a fazer parte dele, pois parece não existirem grandes razões para permanecer associado ao Distrito de Santarém.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  24. Eu não vejo de uma forma tão redutora o raio de acção de uma junta freguesia, mais, se for assim então toda esta discussão não tem sentido, como também pouco valeria o empenho de tanta gente nesta alternativa.

    Se uma junta está limitada a detalhes de gestão e promoção da sua terra, e se as grandes obras são apenas do âmbito do município ou do governo, porque é que o Farrio cresceu da forma que podemos constatar e a Freixianda que é uma freguesia bem maior estagnou?

    Não terá sempre a Junta de freguesia uma palavra a dizer, não pode pressionar, influenciar?


    Se um cidadão pode contestar o PDM uma Junta de Freguesia não terá mais peso?

    Dirigentes com essa mentalidade já cá temos, o que pretendemos é pessoas que não se conformem e procurem intervir sempre e de todas as formas nos assuntos que importam à nossa freguesia, para que ela deixe de ser prejudicada em relação a outras que tem sido melhor representadas.

    ResponderEliminar
  25. Temos de reconhecer e respeitar as competências de cada entidade, sejam elas a administração central ou a administração local. Com efeito, a assembleia de freguesia não possui poder de decisão relativamente ao PDM. Mas, isso não nos impede de avaliar e emitir opinião. Mais ainda, apesar de cada candidatura concorrente à assembleia de freguesia da Freixianda possuir em princípio o seu próprio programa eleitoral distinto dos demais, tal não obsta a que todos cheguem a um entendimento em relação a alguns aspectos que interessam à Freixianda, como é o caso. E, dessa forma, poderem vir a influenciar as respectivas forças partidárias ou aquelas com que efectuaram negociações eleitorais no sentido de defenderem os interesses da Freixianda. Eu aposto na candidatura independente apresentada pelo MVM mas tenho esperança de que todas as candidaturas, sem excepção, saibam entender-se no essencial quando se tratar dos interesses da localidade. E estou convencido de que os eleitos do MVM vão marcar a diferença e gerir os assuntos no interesse da Freixianda. Para já, vamos dar-lhes uma oportunidade!

    ResponderEliminar
  26. - Qual o destino que deverá ser dado ao edifício onde se encontrava instalada a Junta de Freguesia e a Casa do Povo, junto ao Largo Juvêncio Figueiredo?
    Carlos Gomes
    *O post anterior também é meu e por lapso não assinei.

    ResponderEliminar
  27. Ricardo Almeida, o Fárrio aparenta maior dinamismo pela mesma razão que Caxarias também o apresenta, só para falar em dois "vizinhos". Agora pense lá se isso não tem a ver com o tal "espírito de comunidade", o "bairrismo", a "união em torno de projectos" ou como lhe quiser chamar. Apesar de parecer romântico, o que faz o progresso de uma terra são as pessoas a colaborarem umas com as outras.

    Se vir bem, o PDM, as acessibilidades e outros que tais têm os mesmos defeitos para a Freixianda, para o Fárrio, para Caxarias.

    E dou outro exemplo. Alguém se lembra da freguesia da Pelmá que parecia estar lentamente a tornar-se um deserto? E agora, como está? É à custa de muitas obras públicas, de alterações ao PDM e de novas acessibilidades? Não é... O importante é mobilizar as pessoas.

    ResponderEliminar
  28. O antigo edifício da junta já encontrou recentemente uma utilização que eu chamaria "inspiradora". Quando se levantou o problema das aulas de música do Conservatório de Ourém (na classe de instrumento, se não me engano) a Associação de Pais disponibilizou o espaço para serem lá dadas as aulas e evitar que os alunos tenham de se deslocar a Ourém todas as semanas. É um bom começo.

    ResponderEliminar
  29. Se não estou enganado, toda a região norte do concelho de Ourém, pelo menos desde Caxarias, se debate com o mesmo problema de isolamento e relativo abandono, em grande medida devido ao distanciamento em relação à sede do concelho. Por essa razão e verificando-se ainda a proximidade em relação aos concelhos de Alvaiázere, Pombal e Leiria, penso que a vila da Freixianda poderia assumir uma nova centralidade, tomando como alavanca a sua própria dinamização cultural, uma vez que Ourém constitui o centro político e administrativo e os núcleos industriais encontram-se dispersos um pouco por toda a região. É possível que esteja a falar de uma forma um tanto abstrata e talvez desejem que a torne mais concreta. Mas, estou persuadido de que os meus interlocutores estão a entender aonde pretendo chegar... além disso, já aqui referimos a questão dos eixos rodoviários! Espero que o meu comentário não seja demasiado enigmático...
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  30. O concelho de Ourém não se pode até ao presente orgulhar-se de ter servido de berço ou fonte de inspiração de muitos escritores ou outras personalidades de vulto, como sucede com outros concelhos. Porém, Luandino Vieira, que escreveu o romance "Luuanda" e se identifica como angolano, nasceu em Ourém, antiga Vila Nova de Ourém e aqui viveu até pelo menos aos três anos de idade. Vive actualmente no concelho de Vila Nova de Cerveira, no Distrito de Viana do Castelo. Dado o meu completo desconhecimento, aAlguém me esclarece se o concelho de Ourém promoveu alguma vez, de alguma forma, a sua aproximação à sua terra natal?
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  31. Se não estou em erro, a ligação de Luandino Vieira a Ourém tem sido muito recordada pela mão de Sérgio Ribeiro (da extinta livraria Som da Tinta), candidato da CDU à Assembleia Municipal. Basta fazer uma pesquisa no Google, é logo a primeira entrada...

    Quanto à centralidade da Freixianda como pólo cultural... toda a gente percebe que estamos muuuuito longe (mas já afirmei que é uma prioridade). Cada vez mais longe.

    Volto à questão da escola. Quando foi construída, servia Freixianda, Fárrio, Formigais e os lugares próximos das freguesias de Rio de Couros e Casal dos Bernardos. Era um mapa lógico. Mais tarde, foram retirados em favor da escola de Caxarias todos os lugares de Rio de Couros e Casal dos Bernardos. Chega-se ao caricato de o Valongo estar na área escolar de Caxarias! Durante o mandato que agora termina houve a proposta de repor o mapa original, com a aprovação da Carta Educativa, mas essa ideia não vingou.

    É o exemplo de como a Freixianda não estagnou, mas andou para trás, em termos de centralidade.

    E agora perguntem lá aos candidatos se estão dispostos a devolver à Freixianda a área educativa que tinha em 1991, quando a escola abriu as portas. Para mim é fundamental planear com lógica a boa gestão dos recursos concelhios em termos de escolas.

    ResponderEliminar
  32. Volto ao princípio, depois de tantos contributos que tenho dado nos comentários desde início do blogue: se desejam boa sorte à anunciada candidatura do CDS-PP, porque não uma referência também à candidatura do PCP-PEV (CDU) à Assembleia de Freguesia da Freixianda?

    ResponderEliminar
  33. Extravasando um pouco o âmbito da Freguesia da Freixianda, verifico que a "Casa dos Cantoneiros" existente junto à estrada, em Rio de Couros, há muito sem utilização, encontra-se actualmente esventrada, com a porta arrombada e o interior destruído. Estes locais, no estado em que se encontram, acabam muitas vezes para ter utilização menos condizente e susceptíveis de causar sinistros, eventualmente incêndios no local. Deve ainda pertencer ao Ministério das Obras Públicas mas penso que poderia ser reclamado pela Câmara Municipal de Ourém que poderia conferir-lhe melhor utilização.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  34. Sou de opinião que a Freixianda pode adquirir uma centralidade importante e projectar-se no contexto regional. Mas, para isso necessita de definir uma estratégia que, a meu ver, é essencialmente cultural. As medidas avulsas podem resolver alguns problemas mas não alteram o essencial. E precisa ainda que, aqueles que venham a ser eleitos, independentemente das candidaturas pelas quais actualmente concorrem, se coloquem de acordo quanto a essa questão. E, pela sua natureza apartidária ou seja, independente, o MVM pode contribuir para construir esse traço-de-união entre todos os autarcas freixiandenses.
    Da mesma forma que, no meu modesto entendimento, a forma como é gerida a vila de Óbidos poderia de alguma forma inspirar Ourém ou seja, Nossa Senhora das Misericórdias, também a Freixianda poderá analisar outros modelos e daí retirar os ensinamentos que entender úteis. E cito entre as localidades que devem merecer uma particular atenção, com as devidas diferenças existentes entre si, a vizinha vila de Alvaiázere com o seu Festival do Chícharo, Miranda do Corvo e a sua chanfana, Vila Nova de Cerveira e as suas bienais de arte, Ponte de Lima e o seu arroz de sarrabulho, Estremoz e o seu festival dos Ganhões, etc.
    A Freixianda não pode reclamar uma centralidade política e administrativa que pertence a Ourém nem competir com outros pólos industriais como Vilar dos Prazeres. Mas pode e deve aproveitar aquilo que possui de mais genuíno, na freguesia e no próprio concelho, e que até ao presente não é dado a conhecer nem devidamente aproveitado. E, entre isso, encontra-se o artesanato, a gastronomia, o folclore, a produção cultural. E, se souber chamar a si toda a região norte do concelho, pode construir um eixo de desenvolvimento desde o Agroal até Caxarias com a sua estação ferroviária, aproveitando uma possível ligação do IC3 a Leiria a passar junto à Freixianda.
    Tal como Óbidos, também Ourém (Nª Srª das Misericórdias) possui o licor de ginja. Porém, enquanto a ginja de Óbidos é internacionalmente conhecida, incluindo em Ourém onde se expõe nos nas montras dos estabelecimentos comerciais, sendo quase um aperitivo obrigatório para quem visita Óbidos, o licor de ginja de Ourém é praticamente desconhecido. Mas, na realidade isso não surpreenderá quando verificamos que muitos naturais do concelho de Ourém não conhecem sequer, eles próprios, o velho burgo medieval, a vetusta e veneranda Ourém!...
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  35. Desejando boa-sorte a todas as listas concorrentes, nomeadamente às candidaturas que são apresentadas pelos CDS-PP e pelo PCP-PEV, e constatando os anteriores resultados eleitorais, não seria preferível o voto útil numa candidatura independente, evitando desse modo o desperdício dos votos que muito provavelmente não vão eleger e apenas acabarão por favorecer a candidatura do PSD? Não costumo fazer este género de apreciações pois entendo que todos têm o direito de afirmar os seus pontos de vista e manter o seu eleitorado. Contudo, parece-me que, nas actuais circunstâncias, o voto útil é na candidatura apresentada pelo MVM!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  36. Salvo melhor opinião, o chamado "voto útil" é um conceito "astuto" que procura restringir a liberdade de escolha e favorecer a longo prazo os grandes e poderosos. O que se deve procurar não é o imediato, mas devemos pensar a longo prazo.

    Já foi o "voto útil" que retirou ao CDS-PP a importância que já teve no concelho e agora, com a sua menor implantação, acaba por haver menos escolhas. Veja-se como o CDS agora só apresenta listas em 5 freguesias.

    Foi o "voto útil" que pôs Sócrates no poder. É bom não esquecer essa calamidade.

    O MVM tem muitos méritos, mas deve conseguir os votos pelo seu mérito e não por "votos úteis". Eu não voto na Freixianda, mas para mim, desta vez, útil é o voto no PCP-PEV.

    ResponderEliminar
  37. Eu não estou mandatado pelo MVM pelo que, apenas emiti a minha opinião pessoal. E, curiosamente, o apelo ao "voto útil" sempre constituiu uma bandeira do PCP e respectivas coligações, desde as primeiras realizadas em 25 de Abril de 1975, alegando que a dispersão de votos à esquerda apenas iria favorever a direita e o "voto útil" nas suas candidaturas poderiam levar a eleger mais um deputado em cada círculo eleitoral. Portanto, como vê, eu aprendi bem a lição do PCP!...
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  38. Na realidade, penso que é salutar a existência de várias candidaturas que exponham os seus diferentes pontos de vista. Em todas elas existem naturalmente ideias válidas que devem ser aproveitadas e jamais devem ser rejeitadas apenas pelo facto de que são apresentadas por alguma força política com a qual não nos identificamos. De igual modo, existem pessoas válidas em todas as forças políticas e julgo que deverão ser aproveitadas todas as energias e não exercer-se qualquer espécie de discriminação. Mas, o sistema político tal como o entendemos coloca em competição eleitoral diferentes forças políticas, possuindo esta realidade aspectos positivos e negativos. Ainda assim, estamos persuadidos que são mais relevantes os aspectos positivos do regime democrático do que os seus efeitos negativos.
    Porém, chegado à boca das urnas, nem todos conseguem por vezes alcançar um resultado que lhes permita ao menos eleger um dos seus candidatos e passar desse modo a dispôr de um representante na Assembleia de Freguesia. Ora, se atendermos aos anteriores resultados eleitorais na Freixianda e ainda à disposição dos eleitos na Assembleia e Junta de Freguesia, e considerando que o Partido Socialista optou por não concorrer nesta freguesia, ninguém terá as menores dúvidas de que a candidatura apresentada pelo MVM é a que melhor se posiciona para constituir uma alternativa à actual gestão autárquica e a eventual dispersão de votos apenas favorecerá a situação actual. Não pretendo com isto manifestar menor consideração pelas demais candidaturas, sejam elas do PCP, do CDS ou outras que eventualmente venham a existir. Da mesma forma que nada me move pessoalmente contra a candidatura apresentada pelo PSD. Mas não existem dúvidas de que o voto útil é o voto na mudança e esse é o voto na candidatura do MVM!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  39. Não acho que o governo Sócrates seja uma calamidade, e temo que a opinião do João Filipe Oliveira seja condicionada pelo facto de ser professor. Como diz a imagem do seu perfil de Hi5: Sou professor não voto no PS. Esclarecedor!

    A firmeza do governo perante a contestação dos professores, è um dos pontos que me vai fazer votar outra vez no Eng. Sócrates. Dir-me-á, com alguma razão que não foi assim tão firme, realmente devia ter sido mais.

    O País não é só professores, e se cada um de nós condiciona-se o seu voto, por mais ou menos vantagem da sua classe em relação ás outras, teríamos certamente uma democracia mais egoísta.

    Gostava até de saber se esta sua mudança de quadrante politico, tem algo de ideológico, ou está só a respeitar a referida máxima - Sou professor não voto PS.

    ResponderEliminar
  40. Sr. Ricardo Almeida: gostaria de saber qual é a sua opinião em relação à questão dos eixos rodoviários, concretamente se é mais a favor de uma ligação ao IC9 ou, em alternativa, uma ligação do IC3 a Leiria e à A1 e A8?
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  41. Olhe, realmente não percebo o alcance da sua questão, ou pelo menos, a oportunidade da mesma.

    Assim à primeira vista, parece-me até bem a ligação da IC3 a Leiria, resta saber se é concretizável. Até concordo consigo no ponto que devíamos pertencer a Leiria, já tivemos essa oportunidade com a regionalização, e eu fui um dos que se esforçaram para convencer os demais que era uma boa opção, mas o povo, incluindo os freixiandenses não quiseram, paciência.

    Acho, digamos curioso, que falando eu em PDM, me respondam que isso não diz respeito a uma Junta de freguesia, será que construção de vias rápidas diz? Não, mas uma junta tem sempre uma palavra a dizer, eu já sabia!

    ResponderEliminar
  42. A oportunidade da questão, a meu ver, reside no facto de que certamente tem opiniões válidas a partilhar connosco e que dizem mais respeito à Freguesia da Freixianda, do que propriamente as opções pessoais de voto do sr. João Oliveira, as quais devem ser respeitadas, qualquer que seja a sua motivação.
    Quanto à "regionalização", penso que o melhor é esquecer o assunto... apesar de consagrado na Constituição desde 1976, jamias alguém ousou levá-la à prática. Por alguma razão será!...
    Em relação ao PDM, apenas foi afirmado que o assunto é da competência municipal, não querendo com isto dizer que não diga respeito às assembleias e juntas de freguesia. De resto, as juntas estão representadas na Assembleia Municipal...

    ResponderEliminar
  43. Boa noite, e obrigado.

    ResponderEliminar
  44. Em resposta ao Ricardo Almeida, realmente adoptei com convicção o lema "Sou professor, não voto PS!" e se achasse que isso era uma coisa condenável não o divulgava no meu perfil hi5. Ele não foi lá parar por acaso, foi por convicção. Ele baseia-se em muitíssima informação do que realmente se passa nas escolas, daquela que não passa nas televisões. E por ser ostensivamente mentira o que os governantes do PS têm dito sobre educação é que eu concluo que mentem também em relação a tudo o resto. Se quiser discutir pormenores, é longa a lista. É nesse sentido que Sócrates é uma calamidade.

    Isso responde à questão da minha mudança e do meu quadrante ideológico. Poderá, se quiser, confirmar que sou candidato independente nas listas da CDU. E não acho que eu tenha mudado ideologicamente, pelo contrário estou convencido de que o PS virou descaradamente à direita, tentando ocupar o campo do PSD. Pois bem, esse PS não me serve. E acho que não serve o país. Se eu achasse boas as soluções do PSD, votava PSD, não ia votar PS porque tem um secretário-geral que veste Armani.

    Em Ourém a candidatura que mais se enquadra no meu perfil ideológico é a da CDU. Tanto é assim, que foi a CDU que me convidou a trabalhar com eles, eu não me ofereci.

    ResponderEliminar
  45. Também em resposta ao Ricardo Almeida, se a memória não me falha, quando no governo de Durão Barroso foram discutidas as comunidades urbanas (uma espécie de regionalização segundo Miguel Relvas) e Ourém tinha de optar entre Leiria e Tomar, acho que foi largamente maioritária no concelho a opção por Leiria. Não sei como foi a discussão na Assembleia de Freguesia da Freixianda em concreto, mas sei como foi em Formigais (à qual eu pertencia na altura) e como foi na Assembleia Municipal.

    O povo não quis pertencer a Leiria? Qual povo?

    E se estava a referir-se ao Referendo da Regionalização de 1998, o mapa então proposto não aproximava a Freixianda de Leiria, simplesmente unia os dois distritos (mais ou menos) numa só região. Acha que Leiria, situada no limite dessa região, alguma vez seria a capital? Claro que não! Continuava a ser Santarém. O que em nada favorecia a aproximação de Ourém a Leiria.

    ResponderEliminar
  46. Ainda sobre o voto útil, olhando para as eleições de 1997, 2001 e 2005, vemos que o enfraquecimento do CDS só beneficiou o PSD. Em 1997 o CDS tinha 1 eleito, o PSD tinha 6 e o PS tinha 2. Em 2001 e 2005 o PSD teve 7 e o PS 2.

    Nas últimas eleições, se todos os votos do CDS e da CDU tivessem contado para o PS, este teria mais um eleito, ficando com 3 contra 6 do PSD. Mas se metade dos votos do CDS passassem para o PSD, ficava tudo como ficou, a 7-2.

    Isto é voto útil? Estas são contas, no meu entender, inúteis. O MVM ganhará as eleições se convencer as pessoas para o seu projecto, não é por desistência dos restantes candidatos que vai ganhar.

    ResponderEliminar
  47. E volto um pouco atrás nos comentários.

    Um presidente de Junta é eficaz não tanto pela capacidade de pressionar as instâncias superiores a fazer obra cá na terra. Um presidente de Junta é eficaz se conseguir mobilizar as pessoas da própria terra a fazerem coisas. O investimento que vem de fora é importante, mas se não forem as pessoas de dentro a puxarem pela terra, bem podem vir cá fazer as estradas e zonas industriais e pavilhões e tudo, que mesmo assim a estagnação mantém-se.

    Alguém nega que o Humberto da Piedade teve capacidade de pressionar a Câmara? Trouxe ou não trouxe o pavilhão desportivo, a nova junta, o arranjo do largo, o contrato-programa para o GDF? Pode não se concordar com as obras, mas houve obras. E isso motivou o real progresso da vila?

    E depois veja-se o que o mesmo Humberto fez a título pessoal (sem ser como presidente da Junta) para trazer as provas de motocross para a Freixianda. E isso foi ou não foi importante para divulgar a Freixianda?

    A capacidade de mobilizar a população é o mais importante.

    Por exemplo, o desejo de poder construir num terreno que o PDM proíbe é importante, mas só afecta a nível individual. É uma discussão útil para resolver casos particulares, mas pouco adianta à reflexão sobre o progresso da terra no seu conjunto. É uma preocupação das pessoas, mas é preciso ir mais além.

    ResponderEliminar
  48. Concordo absolutamente com o último comentário do sr. João Oliveira. Aliás, encontra-se dentro do espírito do que inicialmente vinhamos a debater ou seja, qual a melhor estratégia para projectar a Freixianda. Daí, as referências feitas à necessidade de se promover um certo "bairrismo", a definição e a caracterização da vila em relação à qual dei como exemplo de todo o conjunto a questão da padronização e uniformização da calçada pedonal, a dinamização cultural em relação à qual demos como exemplo Alvaiázere e outras localidades e ainda a questão dos eixos rodoviários que poderiam levar a uma conjugação de esforços nesse sentido entre várias entidades, mormente Alvaiázere, Freixianda e Leiria, no caso de uma ligação desta cidade dirctamente ao IC3.
    Também concordo que, apesar de poder a candidatura do MVM representar de algum modo o "voto útil", não deve contudo enredar-se em questões de aritmética mas antes fazer valer as suas próprias ideias. E estou convencido de que os freixiandenses a acompanharão!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  49. Confesso que a discussão com o Carlos Gomes tem sido muito mais estimulante do que a discussão sobre o facto de eu ser professor. Com o Carlos tenho debatido perspectivas de longo prazo para a Freixianda. A discussão da minha profissão parece-me um pouco menos útil para a Freixianda, embora seja a oportunidade de esclarecer os possíveis eleitores sobre o meu posicionamento.

    ResponderEliminar
  50. sim sr feliz sim sr contente....... parecem papagaios
    queiram perdoar esta falta de elevaçao neste momento solene de descobrimento de 2 almas gemeas nos comentarios deste blog.....

    ResponderEliminar
  51. Ora aqui está. Assim dá gosto. Por muito que possa incomodar anónimos para quem serei uma terceira "alma gémea". Venham mais...
    Este é o meu conceito de democracia. A conversa, o debate, partindo de posições e interpretações diferentes, entre gente que se respeita. E que procura servir os outros, a comunidade.
    Depois da leitura, mais ou menos em diagonal, vou imprimir os comentários, ler, mastigar, aprender.
    Por agora, apenas deixo uma observação. A Carlos Gomes. O que diz sobre sobre "voto útil" não é verdade. Historicamente. E a culpa não é de Carlos Gomes. É de como se escreve e reeescreve a história.
    Sempre fui, sempre fomos, contra o "voto útil" como forma de iludir, de anular eleitoralmente o descontentamento, como via de desdemocratizar. No entanto, outra coisa é a proliferação de candidaturas com idêntica ou parecida finalidade de levar, pelo voto inútil, à mesma finalidade de, eleitoralmente, anular o descontentamente relativamente a quem foi escolhido para (sublinho) representar os eleitores.
    Obrigado. E abraços.

    ResponderEliminar
  52. Quero agradecer as palavras gentis do sr. João Oliveira e do sr. Zambujal. Penso que este fórum deve ser aproveitado essencialmente para debater os problemas da Freixianda e do concelho de Ourém. E devemos aproveitar esta oportunidade. Pelos vistos, a existência de um espaço de debate como este, não apenas durante a campanha eleitoral, poderia ser algo de útil e contribuir para apromimar as pessoas, fazer convergir opiniões e energias no interesse da Freixianda e de Ourém, naturalmente no respeito da diversidade.
    Quanto ao "voto útil", independentemente da validade ou não do argumento, é algo que faz naturalmente parte da linguagem eleitoral pelo que, embora eu emita apenas a minha opinião pessoal, não estando portanto mandatado pelo MVM, argumento politicamente a favor da candidatura com que simpatizei, pelo seu próprio posicionamento político... ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente nenhum dos candidatos!
    A minha participação neste fórum será mais irregular nos próximos dias em virtude de ter entrado de férias ou melhor, entrar em "digressão" por outros pontos do país. Portanto, não interpretam mal uma eventual ausência breve nestes debates que considero bastante interessantes e esclarecedores para mim.
    Antes, porém, queria questionar a utilização dada à escola primária da Ramalheira, alegadamente para albergue, pousada ou algo do género. Possui, de facto, essa utilização? E será ela a mais apropriada?

    ResponderEliminar
  53. Por lapso, não assinei o post anterior.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  54. Quando referi num dos posts anteriores o pavimento pedonal, fi-lo utilizando-o como um paradigma de tudo quanto se passa na vila da Freixianda e, de um modo geral, em toda a área da freguesia. Trata-se de um problema de falta de definição, ou de indefinição para ser mais exacto, em relação ao que deve ser feito e autorizado a ser feito nesta localidade. Em termos estéticos, do ponto de vista arquitectónico e urbanístico. Com efeito, existem ruas que possuem alternadamente, a espaços de escassos metros, pavimento cimentado sem elementos decorativos, pavimento de cimento com elementos decorativos, calçada portuguesa e inexistência de pavimento pedonal. Os postes de iluminação do Largo Juvêncio de Figueiredo contrastam com os candeiros do resto da vila, conferindo um aspecto de modernidade a um largo considerado histórico. Qual vai ser a intervenção, do ponto de vista arquitctónico, no mercado do peixe com vista à sua ampliação? A vila deve ser entendida como antiga ou moderna? Qual o seu casco histórico a preservar? Quais os edifícios que deveerão ser reabilitados? E quais deverão ser intervencionados? É possível um proprietário manter os seus imóveis no centro da vila indefinidamente sem proceder a restauro, a pintura, à conclusão das obras de construção ou ampliação ou simplemente em ruínas? Porque não encerra ao trânsito automóvel e é transformada exclusivamente em área pedonal a rua em frente da farmácia, procedendo-se à sua reabilitação e incentivando o comércio local a animar o espaço, mormente com a implantação de esplanadas? Porque não se adopta a calçada portuguesa para toda a freguesia da Freixianda? Porque não se uniformizam as placas toponímicas, adoptando-se um modelo cerâmico (de azulejos) com elementos artísticos, tal como sucede noutros concelhos como Sintra, Oeiras e Cascais. Pela sua característica medieval, Ponte de Lima adoptou um modelo em forma de escudo construído em ferro forjado, algo que seria condizente com a antiguidade de Ourém (Nª Srª das Misericórdias).
    Mas, insisto: estas e outras questões são avulsas. Importa antes definir que género de vila se pretende, tendo em consideração o passado histórico e o património artístico e o enquadramento paisagístico da Freixianda. Da mesma forma, deve existir uma opção clara no que respeita à arborização, atendendo sobretudo às suas características climáticas. A região, a meu ver, necessita de ser mais arborizada para provocar maior precipitação ou seja, aumentar os níveis de humidade, levando à fertilização dos solos. A vila necessita de maior arborização, eventualmente com choupos e outras árvores frondosas mas que não danifiquem demasiado o pavimento, a fim de criar sombras para que as pessoas possam usufruir nomeadamente do Largo Juvêncio Figueiredo, onde se poderiam criar espaços verdes, implantar esplanadas fazendo os estabelecimentos ali existentes virar-se para o largo, instalar bancos de jardim e tornar o local aprazível, em vez de um mero rossio... ali existem bancos de cimento que, para além de inestéticos, ninguém os utiliza em virtude das temperaturas e do clima. Além de que o cimento e a pedra são desaconselháveis devido ao reumatismo e principalmente as pessoas idosas sabem-no bem!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  55. Existem municípios que presentemente estão a procurar projectar-se com base em novos projectos arquitectónicos e conceitos urbanísticos, constituindo-se uma mostra de novas tendências artísticas a pensar no impacto futuro que daí poderá advir. Temos exemplos felizes com a cidade da Maia e outros mais controversos, dado o enquadramento histórico, como sucede com Viana do Castelo e sobretudo Ponte de Lima, localidade onde o arquitecto Souto Moura tem conseguido concretizar alguns dos seus arrojados projectos arquitectónicos. Sugiro, a este propósito, uma espreitadela ao blog: http://www.arquitecturaepontedelima.blogspot.com/
    Encontramos exemplos interessantes em Oeiras, no Tagus Park mas não possuímos uma dimensão que possamos conceber uma cidade do tipo de Brasília. Mas, poderíamos muito seguramente criar uma área como a Défense, em Paris. Contudo, não me parece que a Freixianda fosse o local mais indicado do ponto de vista geográfico e cultural para um projecto do género futurista. Assim, em meu entender, seria mais adequado conceber uma vila (cidade) a pensar na sua funcionalidade, nos seus serviços básicos e essencialmente no conforto e bem estar dos seus habitantes, porque o que se constrói deve ser feito à medida do Homem e não o inverso. Isso não a impedirá de vir a ser uma cidade moderna e, ao mesmo tempo, conservar o seu património e os vestígios que ainda restam do seu passado sem disso ter necessidade de se envergonhar. Não precisa de ser uma cidade futurista mas deve ser concebida com bom gosto, agradável à vista e ao lazer, com espaços de atracção e bom ambiente social. Não uma cidade incaracterística, com ruínas e barracões medonhos em pleno centro que assustam o mais desprevenido visitante e, mesmo ao lado, um espaço com uma ornamentação a imitar grosseiramente as mais modernas localidades, mas rodeado de um conjunto de edifícios anómalos, sem regularidade na sua volumetria, na altura, no aspecto exterior, com serventias em espaço público, garrafas de gás e canalizações no exterior, prédios abandonados há décadas. Uma praça magnífica que não pede meças a qualqur cidade e, no entanto, com um aspecto deplorável, cheio de ferros e argolas em ferro cravadas no chão que constituem inclusive factores de insegurança para quem circula no local, especialmente para os mais idosos e os invisuais. A cada dia, ao lado de velhos e inestéticos trastes, surgem novos estabelecimentos comerciais de aspecto renovado, com asseio e boa apresentação. Mas a Freixianda sente alguma dificuldade em acompanhar essa energia dos novos comerciantes... veja-se, a título de exemplo, a esquina de um portão que ficou inexplicavelmente a barrar o passeio público, entre a Fonte de Santo António e o Café Alurcana! Creio que, de futuro, é necessário pensar a Freixianda como um todo, de forma global.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  56. e quem és tu zambujal mais um professor com o orgulho ferido ou um futurista á lá defense ?

    ResponderEliminar
  57. Já vai longa a discussão... volto no próximo artigo publicado, se for interessante.

    ResponderEliminar
  58. Sou do Zambujal, professor reformado, orgulhoso disso e de muitas outras coisas e ferido por outras, sempre em luta por aquilo em que acredito. E serei futurista ao ataque porque acredito numa vida melhor (mesmo que só para os outros) e por ela luto. Bem ou mal é outra questão... de opinião.
    Assinei assim por mero acaso, e porque às vezes o faço, mas também costumo pôr o meu nome debaixo do que escrevo e digo. O que, evidentemente, não o faço, agora, em resposta a anónimos.
    Mas se a conversa continuar com este interesse e nível, breve estará ai escarrapachado o meu nome... escrito a partir do Zambujal.
    Desde 1974 que me não escondo.

    ResponderEliminar
  59. Não constituindo um problema relevante, queria contudo também referir a toponímia. Tenho verificado que algumas estradas e outros locais têm alterado a sua designação toponímica ou seja, a denominação do local, não percebendo muito bem quais os critérios que presidiram a tais decisões.
    A toponímia é uma dos auxiliares da História pois permite-nos identificar as características do local ou eventuais factos aí ocorridos, denunciando não raras as vezes elementos históricos por revelar. Na freguesia da Freixianda, fora da vila, predominam os fitotopónimos e os geotopónimos ou sema, aqueles que dizem respeito a aspectos vegetais e os que identificam aspectos geológicos. Por exemplo, Ramalheira é um fitotopónimo. No que se refere ao Arneiro, relacionamos de imediato com um Arieiro, um local onde predominam os arenitos. E, geralmente, Valongo provém da associação vale+longo.
    Quero com isto referir que deve também neste domínio que é sobretudo cultural, existir um certo cuidado com a preservação da toponímia original e a razão histórica da atribuição de novos topónimos, pois também faz parte do nosso património cultural. Ainda hoje não é pacífica a alteração da designação "Estrada Real" a assinalar o local da passagem de D. Afonso Henriques para outra designação mais recente... além disso, convém não confundir os graus de importância das vias rodoviárias, transformando no papel simples estradas em "ruas", apesar de não passarem a dispôr de passeios pedonais!
    Para além do erro que consiste em não encarar a toponímia como parte do património e da memória de um povo, a sua identificação com o meio em que vive, a forma com que por vezes se decide alterar a toponímia denuncia a ambição de quem pretende passar-se por aquilo que não é... não é por passar a exibir topónimos mais pomposos que uma localidade adquire um novo estatuto nem por atribuir o nome de "rua" a uma estrada esburacada e esfarrapada, sem rede de saneamento sequer, que a mesma adquire realmente uma maior dignidade. Apenas reflecte a falta de carácter de uma localidade que procura esconder a nobreza dos seus cabelos brancos sob o brilho de uma tinta reles!...
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  60. boa noite prof João Filipe Oliveira tenho seguido com atenção os seus comentarios, mas fico curioso, como no inicio deste blog até de uma certa forma apoiava o mvm, depois ficou de boca aberta quando so eram para aparecerem 2 listas, onde segundo sei em cabeça de lista a camara pela cdu. Não será que tem que andar com mais atenção no seu partido? e penso que fica muito feio para um candidato a camara vir para um blog onde são seus rivais dizer que voto util é na CDU.Pedir por pedir então pede para a camara.
    Mas sabe a minha opinião? vamos mas é todos apoiar o MVM e o dtr Paulo fonseca para ver se de uma vez por todas acabamos com os laranjas desgovernados. Eu afirmo aqui que sou PSD, mas a 8 anos para ca comecei a ganhar vergonha de o ser. Não te esqueças que vens morar para a freixianda, e ca trabalhas, onde se ninguem meter a mão urgente ira fechar o teu posto de trabalho. sendo assim pensa em ajudr estes jovens porque das listas que conheço são os unicos com forças para a segurar a continuação da escola EB2+3 da Freixianda. pelo menos o nosso actual presidente de junta vai a camara desmarcar reuniões que a associação de pais marca com o presidente de camara. boa noite a todos

    força jovens do MVM

    eu Voto MVM e TU?

    ResponderEliminar
  61. Ó caro (cara ?) anónima,

    Vamos ler outra vez os meus comentários? Desde início?

    Acho que fui o primeiro a saudar o aparecimento do MVM; acho que também fui dos primeiros a perguntar sobre os apoios a alguma força partidária; repeti várias vezes que para a Freixianda é melhor haver várias listas (e tenho pena de não ver concorrer também uma lista do PS); já disse que não voto na Freixianda; não me lembro de ter apelado ao voto em nenhuma das listas (nem sequer naquela que eu encabeço); por várias vezes eu discordei dessa ideia do voto útil.

    Por isso, não vale a pena dizer que eu disse, porque basta perder a preguiça e ir ler outra vez.

    Quanto ao encerramento da escola, seria uma péssima ideia para a Freixianda, mas a mim profissionalmente não me afectava, como deve imaginar. Eu seria colocado em outra escola, como aconteceu aos professores das escolas primárias que já deixaram encerrar.

    Quanto à ajuda que posso dar aos jovens (e aos menos jovens) da lista do MVM, a única que me parece estar ao meu alcance é dar opiniões, fazer perguntas e levantar questões que os obriguem a pensar.

    (Há 8 anos a ganhar vergonha do PSD? Vá lá que eu comecei um pouco antes. Passei a entusiasmar-me pelo PS do tempo de Guterres, mas acabei a ter ainda mais vergonha do PS de Sócrates.

    Já agora, suponho que nos conhecemos, uma vez que o texto começa a tratar-me por senhor e acaba a tratar por tu).

    ResponderEliminar
  62. Apoio a candidatura independente do MVM porque, entre outros aspectos positivos, permite estabelecer um ponto de convergência e união entre os freixiandenses com ou sem filiação em partido político, qualquer que seja a sua sensibilidade nessa matéria. Por isso, e acreditando ainda que venha arejar a política local com ideias novas e um espírito mais dinâmico, espero sinceramente que a população da Freixianda lhe dê um voto de confiança nas próximas eleições autárquicas, dando-lhes uma oportunidade para mostrarem o que valem e colocarem-nos perante um desafio que, seguramente, será exigente e de grande responsabilidade. E estou convencido de que o MVM vai obter um excelente resultado eleitoral e até surpreender os mais cépticos.
    Porém, qualquer que seja o resultado que se venha a verificar nas urnas, espero que todos os eleitos, sem excepção, saibam colocar de lado as suas opções partidárias e entender-se no que respeita aos problemas locais da Freixianda, procurando contar com a participação de todos, incluindo daqueles que não conseguiram ser eleitos. A Freixianda só terá a ganhar se os autarcas freixandenses se entenderem entre si e não se excluirem só porque eventualmente conseguiram obter uma representação numérica que os dispensa de negociar. Pela Freixianda, todos não somos demais!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  63. Setor João só lhe queria dizer que a Freguesia da Pelmá esta num pequeno lento crescimento porque foi considerada uma freguesia "pobre" e no nosso pais so os pobres é que se safam. As ajudas para a educação são maiores os subsídios dos animais são maiores entre muitas outras coisas.

    E o senhor Carlos Gomes gostava de lhe dizer que existe uma grande diferença entre um blogue e um jornal; um blogue devemos ser objectivos e concretos e num jornal temos de encher uma pagina com nada. Fui Clara. A já agora veja la se não tem tantos lapsos nas sua ideias porque são muitos...lapsos.

    Frex. Gomes

    ResponderEliminar
  64. Cara Gomes,

    Sobre as ajudas escolares, especificamente os transportes gratuitos que têm feito milagres no sucesso da Pelmá, convém dizer que na Freixianda (em Ourém) um autocarro escolar que passa à porta de um aluno não o leva se morar a menos de 3 km. Não dava trabalho nenhum, não dava despesa nenhuma. É o exemplo de uma regra absurda.

    Outra regra absurda (pode já ter sido corrigida, mas acho que não): uma carrinha da Junta que vai buscar um menino para o Jardim de Infância não está autorizada a transportar também o irmão que frequenta a Primária.

    O problema nem sempre é de dinheiro, é de falta de organização. Há quem consiga fazer muito com pouco e há quem gaste muito para fazer bem pouco.

    ResponderEliminar
  65. "...um blogue devemos ser objectivos e concretos e num jornal temos de encher uma pagina com nada" ?!
    - é provável que, realmente, a falta de transportes gratuitos também afecte o rendimento escolhar. Mas a comunicação social passou a fazer parte dos programas da disciplina de Língua Portuguesa e, ao que eu saiba, os professores ensinam a construir aquilo que designam por "lead" ou "parágrafo-guia" e que no meio jornalístico é designado por "cabeça da notícia"... e, nada de mais concreto e objectivo!
    Quantos aos meus "lapsos", é natural que já sejam muitos... também já estou velhinho e aqui no lar de idosos não tinha nada que fazer, lembrei-me de meter com os rapazes do MVM! Mas espero que não leve a mal...
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  66. Apesar de não constituir um assunto que interesse neste momento ao debate em relação à Freixianda, farei excepcionalmente um parêntesis para comentar um dos anteriores comentários produzido por uma jovem freixiandense que, compreensivelmente, se encontra deslumbrada com as possibilidades que as novas tecnologias nos oferecem.
    Com efeito, um blog contitui um sítio na internet concebido em princípio para publicar as opiniões e os comentários do seu autor e daqueles que o mesmo venha a autorizar. Por conseguinte, um comentário não é necessariamente objectivo e concreto. O conceito dos blogues surgiu como uma forma de democratizar a opinião e, atendendo às suas características, incentivar a utilização da internet. Tal como o Twiter, não constitui mais do que um conceito de utilização de um meio de comunicação que, na forma como o conhecemos, pouco mais possui do que uma dezena de anos. Mas, na realidade, deriva da ARPNET que foi o meio de comunicação durante mais de meio século criado pelos EUA e utilizado por todos os membros da OTAN.
    Por outro lado, o jornalismo deve ser objectivo e pode utilizar qualquer meio de comunicação, incluindo a internet. O papel penas constitui um suporte físico que é utilizado pela imprensa escrita mas em relação ao qual pode ser dado outro destino qualquer. Portanto, o jornalismo não "enche páginas com nada"...
    Apesar dos meus lapsos frequentes ainda consegui alinhar estas palavras! :-)))
    Para finalizar, aproveito para lhe sugerir que, quando se dirigir ao seu professor, neste caso o Dr. João Oliveira, escreve S'tor (da abreviação de Senhor Doutor). Mas, também não lhe ficaria mal se o tratasse com a devida correcção referindo o título académico, como acima eu próprio o fiz. Não devemos sentir complexos por usarmos da delicadeza.
    Apraz-me, contudo, verificar que a jovem minha homónima é uma pessoa interessada e também frontal, o que é desde já suficiente para merecer a minha admiração.
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  67. ó parulões calem-se.....

    ResponderEliminar
  68. Para o sr. do Zambujal: não tenho a certeza de quem se trata mas adivinho que é alguém a quem, há alguns anos, coloquei em contacto via correio electrónico, com um velho amigo de Arcos de Valdevez. Será?
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  69. Frex.
    Senhor ... Jornalista Carlos Gomes desde ja agradeso os elojios que por mim proferio muito obrigada.
    Quando me dirgi ao Senhor Doutor Professor João por "setor" não mereci nenhum comentario prejorativo dele por este palavrão que o senhor diz estar mal escrito , mas se olharmos com atenção para o que o senhor tem escrito tambem não temos la nenhum senhor das letras ( o que vale é o dicionário do PC).
    Ja agora para por mais lenha na fogueira , o MVM tambem tem rapariagas... e bem giras!
    Frex.Gomes

    ResponderEliminar
  70. Menina Frex.Gomes: Peço-lhe desculpa se disse algo menos delicado ou que de alguma forma a desagradou. Não pretendo alimentar polémica sobretudo quando me parece que a mesma não faz o menor sentido.
    No entanto, qualquer que seja a discordância que tenha em relação a mim, e apesar de não a conhecer, estou convencido de que é uma pessoa interessada e válida para colaborar em algo que promova a Freixianda. E isto não é um elogio mas o meu palpite que não costuma falhar.
    Disse que "o MVM também tem raparigas... e bem giras!". Não as conheço mas, a avaliar pelas fotos, concordo consigo. Ainda bem! Era isto que queria saber quando referiu "mais lenha para a fogueira"?!...
    Felicidades!
    Carlos Gomes
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar
  71. Frex
    Senhor Carlos Gomes é uma pena não as conhecer porque de uma maneira geral são todas muito interessantes (nas suas ideias para o progresso).
    Porque na minha terra haver um grupo tão grande de voluntárias para se enfiarem numa junta é de louvar. Ainda para mais esta terra sempre foi liderada por "homenzinhos" porque a pequena obra que deixaram, fala por eles.
    E já agora era isso mesmo que eu queria dizer.
    Outra coisa, se não se importa não profira mais elogios a minha pessoa se não fico tentada em o conhecer.
    Saudações.
    Frex.Gomes

    ResponderEliminar
  72. Como já deve ter reparado, simpatizei pela candidatura apresentada pelo MVM por se tratar não apenas de uma candidatura independente, portanto susceptível de unir as pessoas independentemente das suas sensibilidades políticas, como ainda por sugerir-me um movimento jovem, com vontade de renovar e de fazer algo de válido em prol da Freixianda. E, devo dizer, não se deveu a qualquer influência pessoal de espécie alguma pois, à altura, não conhecia um único dos seus elementos. Naturalmente, aguardo com alguma expectativa a divulgação do programa do MVM, esperando que seja simultaneamente realista e ambicioso, renovador e progressista mas suficientemente sensível em relação ao património artístico, cultural e paisagístico que, a meu ver, nunca foi muito estimado por estas terras.
    Não desconsidero, porém, as ideias porventura válidas que possam ser apresentadas pelas demais candidaturas. Aliás, penso que, uma vez conhecidos os resultados eleitorais, ninguém na medida do possível deveria ficar excluído, incluindo aqueles que não conseguirão eleger qualquer candidato. Sou de opinião que é necessário unir vontades em prol do progresso da Freixianda.
    Quanto à participação de senhoras, as tais "raparigas giras" como disse, concordo que é realmente importante a sua participação pois enriquecerá a gestão autárquica com a sua sensibilidade. Quantas vezes acabamos por lhes dar razão?
    Por último, quero dizer-lhe que sempre tenho aprendido ao longo da minha actividade associativa que, presentemente, encontra-se praticamente parada. Pois, sempre optei por procurar a colaboração daqueles que de algum modo manifestavam interesse, emitiam a sua opinião e, sobretudo, aqueles que discordavam de mim e que o diziam frontalmente. E, em regra, a minha opção deu sempre bons resultados. Foram sempre os melhores. Não me refiro, obviamente, aos maledizentes que apenas sabem criticar e nem sequer ousar dizê-lo com franqueza.Foi isto que quis dizer!
    Carlos Gomes

    ResponderEliminar